quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Eu...

Não viajo tanto quanto gostava
Não leio tanto quanto devia
Ouço música quanto baste
Por vezes encontro em mim a tal graça

Assim vou-me vagarosamente

Algumas vezes escravo do hábito
Em trajectos bem variados
As marcas não se fixam em mim
As cores variam a vestir
E de conversas vêm caras novas

Assim deixo-me ir morosamente

Não evitei paixões
Nem esconderei o branco com escuro
Ou aperfeiçoarei os i's
Sem procurar esse redemoinho
Em emoções de altos e baixos

Do mesmo modo ronceiramente continuarei

Hoje virava a mesa bruscamente
Mas porque quero sonhar sempre
Quero ser feliz na minha insensatez

Assim só muito espaçadamente irei

Passam dias e meses, anos não
Sem da má sorte me maldizer
A chuva não incomoda tolos

Assim certamente durarei mais

Projectos a mais ficaram para trás
Curiosidade sempre premente
Ao não responder estarei deslocado

Logo em fogo lento viverei


de F.J.O.C.

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