domingo, 2 de julho de 2017

Tiago Bettencourt - "Fúria e Paz"

Fúria e Paz

Minha fúria, minha paz, meu bem,
se não fiz o que devia, foi talvez porque temia
não te saber serenar a luta que por dentro fazia alimento do mundo a gritar

Não me ouviste chamar do alto deste monte
tão longe da mentira, mas perto está o dia
a água desta fonte só nos pode lavar
a sombra não te via, mas alto é o nosso monte bem onde o tempo brilha
Não me ouviste chamar
mas quando à noite vens, eu sei que és minha.

Minha ausência, minha luz
Eu sei que nem sempre te fiz bem,
bem longe do que querias não te soube encontrar no fundo da maldade
puxar-te a verdade para poderes confiar

Não me ouviste chamar do alto deste monte
tão longe da mentira, mas perto está o dia
a água desta fonte só nos pode lavar
e quando vens de noite eu sei que és minha