de borboleta, húmido da noite,
com a cor do mel que vem do amor,
e um veludo de asa no centro da flor.
Deram-me os teus olhos rosas
e estrelas, como se no teu rosto
um jardim celeste se abrisse
ao viajante sem cais a que aportar.
Despida de palavras, vestida
de pétalas, és o último sonho
da ave quando se vê perdida.
Não tem fim a viagem que fazemos
nem princípio o céu em que te ponho.
Sabes o que sei, só eu sei o que sabemos.
Nuno Júdice in O Breve Sentimento do Eterno - Edições Nélson de Matos
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