COMO AFUNDAR
o amor foi entrando em nós sem mentir
vi-te erguer no meu suor e subir
eu senti o amor tocar no avesso da saudade
e com ela a dor de não chorar
e é como ver o chão sob nós
sentir que é no amor que eu consigo encontrar
o que eu sou
e é como afundar nosso mundo em dor
e não querer acordar
minha flor, meu sol, eu vou estar sempre aqui
se eu lembrar a dor será também por ti
mas eu, eu não vou mudar
e a dor foi entrando em mim sem mentir
vi-te enfim erguer do chão
e sorrir
como a construir o meu fim
estão a bater à porta
dizem ser teus amigos
dizem vir da parte interna dos ouvidos
a noite entrou de passagem
sem nos levar
boa viagem
boa viagem
isso é como afundar nosso mundo em dor
e não querer acordar
e tu não vês?
(Manel Cruz/Ornatos Violeta)
DEVAGAR
Se o vento não mudar
vou dar até sentir
que há uma razão para crer
que é bem melhor existir
eu sei
não vejo a luz em mim
tão pouco em mais alguém
só quis tocar o céu
não quero mal a ninguém
eu sei
diz-te a canção do medo
vê se um dia o tempo não vos traz
mas perde a noção do tempo
quando eu amo é sempre devagar
não vejo a luz em mim
tão pouco em mais alguém
só quis tocar o céu
não quero mal a ninguém
eu sei
diz-te a canção do medo
vê se um dia o tempo não vos traz
mas perde a noção do tempo
quando eu amo é sempre devagar
(Manel Cruz)
Ouvir in CD Ornatos Violeta INÉDITOS/RARIDADES (P)(C)2011 Universal Music Portugal, SA
Livro-semente I em viagem pelo Japão
Há 8 anos
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