É este o poema, por me teres despertado a veia escrita que nos acompanha:
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração."
Livro-semente I em viagem pelo Japão
Há 8 anos
1 comentário:
Que o nosso comboio de corda continue a entreter a razão, pelos tempos fora!
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