Fado Corrido Vicente da Câmara
(Vicente da Câmara / Popular *Fado Corrido*)
Uma amizade perdida
Nunca mais pode voltar
É amizade fingida
Se vai e volta a brincar
Ninguém dá nada
Se atrás não vier contravalor
Ninguém dá nada
Se atrás não vier contravalor
Só um amigo é capaz
Sem receber de dar amor
Só um amigo é capaz
Sem receber de dar amor
Minha mãe eu canto a noite Maria da Nazaré
(Vasco de Lima Couto / Popular *Fado Menor*)
Minha mãe, eu canto a noite
Porque o dia me castiga
É no silêncio das coisas
Que eu encontro a voz amiga
Minha mãe, eu sofro a noite / Neste amor em que me afundo
Porque as palavras da vida / Já não têm outro mundo
Minha mãe eu grito a noite / Como um barco que te afasta
E naufraga no mar alto / Ao pé da onda mais casta
Por isso sou este canto / Minha mãe, tão magoado
Que visto a noite em meu corpo / Sem destino, mas com fado
Fado Corrido Ana Sofia Varela
(Tiago Torres da Silva / Popular *Fado Corrido*)
Talvez o fado me diga
O que ninguém quer dizer
E por isso eu o persiga
Para nele me entender
E por isso eu o persiga
Para nele me entender
Meu amor tenho cantado
Sobre um céu tão derradeiro
Porque me entrego em cada fado
Como se fosse o primeiro
Talvez o fado não me peça
Tudo aquilo que lhe dou
Por isso por mais que o esqueça
Ele não esquece o que eu sou
Por isso por mais que o esqueça
Ele não esquece o que eu sou
Fado das Horas Carminho
(D. António de Bragança / Popular *Fado Mouraria*)
Chorava por te não ver,
por te ver eu choro agora,
mas choro só por querer,
querer ver-te a toda a hora.
Passa o tempo de corrida,
quando falas eu te escuto,
nas horas da nossa vida,
cada hora é um minuto.
Quando estás ao pé de mim,
sinto-me dono do mundo.
mas o tempo é tão ruim,
tem cada hora um segundo.
Deixa-te estar a meu lado
e não mais te vás embora
para meu coração coitado
viver na vida uma hora
Guitarrada Pedro de Castro & José Luís Nobre Costa (guitarra portuguesa); Jaime Santos (viola); Prof. Joel Pina (baixo)
Fama de Alfama Ricardo Ribeiro & Pedro Moutinho
(Carlos Conde / José Lopes *Fado Lopes*)
Não tenham medo da fama
De Alfama mal afamada
A fama ás vezes difama
Gente boa, gente honrada
Fadistas venham comigo / Ouvir o fado vadio
E cantar ao desafio / Num castiço bairro antigo
Vamos lá, como eu lhes digo / E hão-de ver de madrugada
Como foi boa a noitada / No velho bairro de Alfama
Eu sei que o mundo falava / Mas por certo, com maldade
Pois nem sempre era verdade / Aquilo que se contava
Não tenham medo da fama
De Alfama mal afamada
Muita gente ali, levava / Viva sã e sossegada
Sob uma fama malvada / Que a salpicava de lama
A fama ás vezes difama
Gente boa, gente honrada
Do filme "Fados" de Carlos Saura.
Livro-semente I em viagem pelo Japão
Há 8 anos
1 comentário:
Excelente! Dá para partilhar?
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