Sabes que não basta arder para ter a vida toda em chamas
Eu sou de salva por sobreviver a lutas desleais
Podia ir ter contigo e fazer-te crer que quando mentes não me enganas
Mas o meu desejo é para ti e não o escondo mais
Pode um cego ver no céu carícias aos seus sonhos
Onde, à vinda, as oferendas são elegias só para ti
Este é... o Juízo Final
Sabes que não basta arder para ter a vida toda em chamas
Eu sou de salva por sobreviver a lutas desleais
Podia ir ter contigo e fazer-te crer que quando mentes não me enganas
Mas agora só te quero a ti e não me escondo mais
No lago o cisne canta às cegas fez-se a bainha junto as pregas
Tu queres nos meus olhos verter as lágrimas caídas ao entardecer
Mas vê que nada se repete e a sorte rouba o que promete
Cego viu-me descer e vais saber
Sabes que não basta arder para ter a vida toda em chamas
Se eu sou de salva é por sobreviver a lutas desleais
Podia ir ter contigo e fazer-te crer que quando mentes não me enganas
Mas agora o que quero és tu e não me escondo mais
Em tempos de menino, pequeno, petiz, a tourada De correrias despreocupadas e alegres De velocidade a aumentar à vontade da apanhada E quando as noções de cansaço eram breves Os sonhos não se mediam, só nos faziam sorrir Os sonhos não se pesavam, só nos permitiam voar Os sonhos não se pensavam, só nos arregalavam o olhar Os sonhos não se concretizavam, só nos faziam mais sonhar Sonho a correr como em menino Quero um doce e um sorriso de vida